29 de março de 2008

Hoje apetecia-me....III





A elas apetece-lhes tantas coisas, tão belas……

até me sinto envergonhada de tão pouco querer, ter a tua ternura e o teu mimo,

sentir a tua paixão e o teu amor, é o meu único desejo.

A mim, hoje, és tu a única coisa que me apetece.

Por seres o meu mar e o meu rio, estrada por onde navego todos os dias, confiada na

chegada.

És a fonte de onde jorra água límpida que minha sede mata, a manta que me

abriga da tormenta, o maná que me alimenta.

És o céu por onde meu amor em liberdade voa, as estrelas que apanho uma a uma e

que no meu coração prego, és o Sol que me aquece, és toda a minha Lua.

Acabado o dia de labuta, cansada, é em ti que me reencontro, é em ti que minhas

forças renascem, é contigo que a noite passo.

És todo o meu sonho, a minha alegria e a minha vontade de viver e quando com o Sol

o dia nasce, pode estar a nevar ou a chover que por ti sou aquecida e revigorada.

Mais um dia passo sem dar a cara à amargura ou à tristeza, sem a virar ao silêncio ou

à saudade, sabendo que à noite quando nos encontramos, matamos o nosso desejo e

a nossa sede nessa paixão e nesse amor tamanho, que é só nosso, que com ninguém

partilhamos.

Meu amor, hoje, és tu a única coisa que me apetece

27 de março de 2008

Hoje apetecia-me... II


Hoje apetecia-me que o silêncio não fosse o único ruído,
ou, que não soubesse de cor o cheiro do que me não disseste.
Hoje apetecia-me que só tivesses ido,
no imaginário dum tempo que atirámos para trás,
por não precisarmos de cobrir o que sentimos.
Hoje apetecia-me olhar-te,
ser o estuário dos teus mais sensuais movimentos.
Hoje apetecia-me,
que em mim desaguasses,
tomando a forma de curso de água,
eclodindo em mim todo o desejo...
Hoje apetecia-me ser lugar incomum,
o lado de dentro da janela do quarto,
do teu corpo sequioso do meu.
Que te pudesse fazer gemer,
fazendo estremecer o arrepio das tuas e das minhas mãos ávidas,
quando nos procurássemos,
enquanto em nós nos perdíamos...
Hoje apetecia-me ser rubra,
Vadiar-te,
tirando à sorte,
em extâse,
onde me quedaria...
Hoje apetecia-me que qualquer pedaço de ti me acolhesse, me envolvesse...
Hoje apetecia-me ser felina,
cravar-te a boca,
tatuar-me em ti...
Hoje apetecia-me que me reinventasses,
que me molhasses,
qual chuva de verão.
Hoje apetecia-me que já fosses chegado,
que cabotasses teu beijo ao longo das margens desta vontade...
Hoje apetecia-me não te dizer nada,
senão que o silêncio que em mim habita se tornasse a porta,
que por ela entrasses,
para nos invadirmos!
Hoje apetecia-me que nada mais acontecesse,
senão o desejo de enchermos este sítio,
com o toque cálido das nossas peles coladas...
Hoje apetecia-me que acontecêssemos em vagas,
que fossemos.
Hoje apetecia-me tanta coisa!
...Agora vou esperar,
junto ao silêncio,
que me penses,
enquanto até nós vais chegando,
sorrateiro,
e, me digas,
o que hoje te apetecia:
Quem dera fossemos
a realidade do sonho onde nos encontramos, sempre!
Quem dera não precisarmos de dizer o que nos apetecia!
Que depois acordássemos,
e, sonhássemos, ainda!

Cris


Não é hábito meu, mas a Cris deixou este magnífico comentário no post Hoje apetecia-me... que achei merecia ser lido por todos... deixo-o aqui para vosso deleite...

23 de março de 2008

Hoje apetecia-me...


O calor da lareira não se compara ao calor que o teu corpo passa para o meu.
Adoro ficar a sentir o teu abraço, quando me agarras por trás e me vais acariciando o corpo, beijando a nuca e o pescoço, e o calor do teu corpo vai penetrando no meu, assim como os teus beijos o vão perpassando… sinto cada tremor que me provocas, cada arrepio, cada vaga de calor que emana de dentro de mim, a cada toque teu, a cada beijo teu.

Aconchego-me nos teus braços, no teu corpo, enrolando-me em ti como se fosses um cobertor quentinho e macio, num misto de carinho e excitação.

Os teus afagos têm esse dom, de me mimar e apaziguar e ao mesmo tempo de me excitar e me fazer desejar-te mais e mais…

Ficamos horas sem fim perdidos no corpo um do outro, tens saudades dele, dizes-me, eu tenho saudades tuas… as horas voam e tens de retirar-te de novo.

Partiste de madrugada para voltar ao teu mundo, fiquei dormente na cama, ainda te sinto dentro de mim, do meu corpo palpitante.
A boca ainda me sabe aos teus beijos, nos ouvidos ainda oiço a tua voz, a pele ainda sente a tua e ainda me dói o corpo que anseia por ti.

Hoje apetecia-me que não tivesses de partir…

21 de março de 2008

Consequência do "Não me provoques..."







Estávamos dobrados em cima da cama

lendo o post da Loulou, que tinha imprimido.

Confessámos a pica que nos estava a dar,

quando te deitaste de barriga para o ar,

pés no chão ainda calçados. Olhei-te e não resisti.

Estavas ali à minha disposição.

Desapertei o cinto, baixei-te as calças, trousses

ao mesmo tempo, só o necessário para ver a tua tesão.

De joelhos, bem enquadrada entre as tuas pernas,

ainda vestida, as minhas mãos por baixo da camisa,

afagavam-te o corpo todo enquanto te lambia

deixando rastos de saliva pelo teu ventre

até encontrar o que queria.

Beijei, lambi-o e enquanto baixinho gemias

afastei-me para te mordiscar novamente o ventre.

Engoli-o repentinamente, profundamente á garganta chegando

tu mais alto gemeste as mãos fincadas na minha cabeça.

Lambi, mamei, chupei e engoli, em brasa ficando.

Comecei devagarinho, aumentando a intensidade, os movimentos

contorcias-te, ainda tentaste levantar-te, mas empurrei-te ternamente.

Deixaste-me fazer o que me apetecia

explodindo dentro da minha boca

derramando leite, mel, estrelas, ondas e lagoa

Continuei ali chupando mais devagar, lambendo, beijando

sem te querer deixar e senti que intumescias novamente

foi tamanho o prazer que para ti me vim loucamente

continuei, beijando, lambendo e chupando

sem querer largar o que naquele instante me pertencia

a ti, meu Amor, meu Homem, meu Amado

17 de março de 2008

Não me provoques...


Entro na sala, a luz difusa e os sons fortes do piano excitam-me, sei que me esperas mas não sei o que me apetece. Vejo-te sentado na tua cadeira favorita, de copo na mão, o olhar matreiro de antecipação, convidativo... e isso ainda me excita mais!

Avanço para ti, vou sentar-me à tua frente com as mamas excitadas a sair pelo decote. Cruzo as pernas e deixo que me vejas a coninha molhada e rosada de desejo.

Podes sentir o cheiro da minha excitação... troco de perna e roço a tua canela com a bota. Subo a canela com o salto a arranhar-te a pele e paro nos tomates.

Tiras-me a bota e enfio o pé na tua breguilha. Brinco com o pé, sinto o teu sexo a crescer no meu pé, mostro-te uma mama dura.

Tocas-lhe mas escondo-a de imediato. Meto a mão debaixo da tua camisola e belisco-te os mamilos. Molho um dedo na coninha e passo-to nos lábios. Deixo-te chupá-lo para sentires o gosto dela.

Meto a língua na tua orelha e sussurro loucuras.

Chamas-me puta e rio-me de ti.

Sento-me ao teu colo. Podes senti-la encharcada mas continuas de calças vestidas.

Dou-te uma mama na boca.

Levanto-me, passo uma perna por cima das costas da cadeira e dou-te a coninha à boca para que a mames. Venho-me assim na tua boca, enquanto gemes de tesão...

Tiro a perna. Calço a bota, dobrando-me propositadamente enquanto te mostro o cu.

Baixo a saia justa e curta e saio a porta...

15 de março de 2008

Vontade II





Basta fechar os olhos e sou cometa, sou raio de luz,

consigo transpor paredes portas e janelas

para em teus braços me poder aninhar

Por ti procurei em sonhos, meia acordada,

para contigo dormir onde me estivesses a esperar

no paraíso, no mar, em qualquer lugar

para em ti me poder transformar

Encontrei-te feito água, mar espelhado feito lagoa

meu raio de luz penetrado, absorvido, reflectido,

sem conseguir em ti ficar

Então barco fui, para por ti ser abraçada

em ti voguei até me sentir preparada

Transformei-me em peixe, em mulher, em sereia

por ti fui absorvida, alimentada, agasalhada

de tal maneira te aceitei e amei

que em ti fiquei transformada

Eternamente

13 de março de 2008

Vontade




foto de Marc Magnusson



Ainda te tenho dentro de mim, ainda estou em teus braços,

mas se na altura me levaste a alturas desconhecidas

agora estou leve, sem peso e encontro-me no mar a vogar,

embalada ao sabor das ondas que carinhosamente me transportam

não sei para onde, nem com isso estou preocupada.

A atenção acutilante, a energia redobrada, num instante

executo todas as tarefas para contigo me voltar a encontrar

no paraíso, no mar, em qualquer lugar

em terra, na estação, onde me queiras esperar

Para contigo ir ter faço o que for preciso,

sou fantasma, sou herói, sou banda desenhada

sou rio, sou barco, sou ave

basta fechar os olhos e sou cometa, raio de luz

consigo transpor paredes portas e janelas,

desde que possa em teus braços me aninhar

para contigo dormir, para contigo poder sonhar.

Encontro-te nos meus sonhos, em qualquer lugar

no paraíso, no mar, onde me queiras esperar

11 de março de 2008

A Gruta



Foto de Dieter Weidlich


Gostaste do meu vestido branco justo, que me torneava as formas

Durante o almoço que tivemos no restaurante da praia

olhavas-me guloso, e muitas vezes as palavras ficaram a meio,

enquanto o teu olhar, a tua mão, vagarosos por mim passeavam

Tiradas as sandálias andámos pela areia para irmos ver

aquela gruta, meu lugar secreto, que te queria mostrar

Com o mar afagando nossos pés, explorámos juntos

demorando nos gestos, nos beijos, nos afagos

nos gemidos teus e meus, acompanhados pelos do mar

enquanto a água ia afagando já nossas pernas

Quiseste tirar-me o vestido e virando-me para a parede

começaste a desapertá-lo de baixo para cima;

a meio os teus murmúrios enrouqueceram,

as tuas mãos enlouqueceram, não parando

arrancando de mim gritos e ondas de prazer;

não conseguindo conter-te, entraste onde ainda era virgem,

mimeticamente integrada na parede, exploravas nossa gruta

A água já estava nas nossas coxas, quando juntos, perdidos

explodimos em ondas, vagas alterosas rebentadas em espuma

juntamente com o mar que já batia nas nossas paredes

8 de março de 2008

Mulher


Mulher, simplesmente mulher!
Ás vezes forte, outras frágil,
Ás vezes bela, outras não,
Ás vezes sexo, outras coração…

Ser mulher é ser lágrima,
Ser riso,
Ser mágoa, ou contentamento,
Ser Lua, ou Sol,
Ser tudo e nada, num lençol…

Ser mulher é ser assim,
Caminho e incerteza,
Chegada e carmim,
Porto de abrigo e beleza,
Ou despedida sem fim…

Cantiga de Amor em Dia da Mulher




Modigliani


Estávamos em momento de repouso, ambos enlaçados,

tu olhando o tecto eu olhando para ti,

a ternura rodando e nos aquietando

Pousei a mão no teu peito, as palavras foram espaçando

já quase adormecida, senti que a vida entrava em mim

pela mão que deixaste em cima na minha anca

entrava o teu calor e a magia com que me inundas,

entrava o amor e a paixão que nos consome,

entrava a alegria e a cumplicidade que nos aquece,

entrava o maravilhamento e admiração que nos comove,

entrava a felicidade e a beleza que nos circunda

Não quero adormecer, quero continuar a sentir-me viver

debaixo dessa mão que tudo me devolve

e sorrindo para ti deixei-me ficar

Foi com beijos de príncipe que me acordaste,

Do fado de não conhecer a felicidade,

foi com afagos e desejo que o prazer me mostraste,

foi com ternura e doçura que selvagem te tornaste

meu amor, meu homem, meu tudo, meu éter

cada vez que juntos estamos me fazes mais Mulher

1 de março de 2008

Anos



Yuri Bonder


A festa estava no fim, restavam uma dúzia d’ amigos.

Ele estava ainda lá com os três filhos

eu apaixonada, ele indiferente parecia

Já depois de se ter ido embora, apareceu uma das filhas

- Roxanne, o pai pergunta se queres ir beber um Ferreirinha

Disse que sim com a cabeça e entrei em espiral de energia.

Roupa mais sexy, mais leve, mais prática de despir.

vestido na mão, entro na sala onde os outros estavam

Fico parada ao vê-lo ali, julgando-o no carro à espera

Quando me viu pôs-se de pé e disse que se ia embora, afinal

- Não, não vais

- vou sim, não quero arranjar mais problemas, virado para os outros

Estou doido por uma mulher que não é bonita

para os meus padrões de beleza, mas que tem….

Nem sei o que tem de especial, olhando para mim

não quero meter-me em problemas.

Agarro-o pela mão, não olho para ninguém,

levo-o para o meu quarto, fechada a porta

começo a despir-me, e quando já estou toda nua

olho-o nos olhos

- olha bem e se não gostares podes sair

Recosta-se, arqueja

- Foi a maneira simples como o fizeste que me maravilha

Vou-te vestir, vamos beber um Ferreirinha.

Com mil cuidados, de joelhos, agarra nas calcinhas e veste-mas

beijando todas as partes por onde elas irão passar

tremo, gemo, mas não pára, as calcinhas acabadas de pôr no lugar,

não sem antes ma beijar e sua língua lá passear.

A seguir as meias, cada perna beijada, cada coxa lambida, sugada

deixando rastos de incendiada pele, arrepiada,

labareda acesas, as minhas mãos pressionando a sua cabeça

levanta-se já para o soutien colocar, abraça-me por trás

eu perdida nos seus braços, as suas mãos pressionando meu ventre,

passeando pelas mamas tesas de desejo, mordendo a nuca enquanto aperta

o fecho, eu gemendo - despe-me, despe-me

Pondo-me o vestido - vamos beber um Ferreirinha

Quando vou a sair, pela mão com pressa agarrada,

Ainda digo - apaguem as luzes quando saírem

Ferreirinha que não apaga o meu desejo, nem ele

a sua mão subindo pelas minhas pernas

tocando-me como só ele sabe, húmida, molhada, escorrendo já

língua dele passeando pelo meu ombro enquanto dançamos,

sentindo o seu desejo latente, mãos que não param

abraçando-me com força diz-me ao ouvido

- vamos para minha casa. Finalmente