Rapidamente arranjei o saco, quando me propuseste irmos passar
este fim de semana prolongado a qualquer sítio, só os dois.
Partimos para aquela Pousada
em frente à barragem que é o nosso esconderijo,
onde tantas vezes nos perdemos um no outro.
Alentejo, onde sabes que a minha sensibilidade fica à flor da pele.
Estou com a pele dourada, à qual nunca resistis-te,
porque tenho mais tempo para aproveitar este Sol.
A Pousada, nestes dias, quase vazia, tendo ficado
a piscina só por nossa conta.
Agarrada à sua borda, fora de pé, desfrutando da vista maravilhosa,
água a perder de vista aos nossos pés,
vieste por trás e abraçaste-me,
afagando todo o meu corpo vestido com reduzido bikini.
Deixei-me ficar, pele arrepiada como só tu me consegues pôr,
é sempre a primeira vez, anos passados,
a excitação, os sentidos despertos, toda para ti voltada,
paixão, amor profundo e ternura, que só os anos dão, extravasada.
Deixei-me ficar a saborear o que sempre em mim provocaste.
As tuas mãos habilidosas, que a geografia
do meu corpo sabem de cor,
foram descendo baixando as calcinhas do bikini,
enquanto gemia de prazer aumentado
pelo amor que nos temos, que sempre nos uniu,
eu baixava o teu fato de banho afagando a
tua imensa excitação.
Mãos, as tuas, que se foram passeando,
afagando e penetrando,
enquanto perdida em ti me roçava,
baixo gemendo que não parasses.
Viraste-me de frente, encaixaste-me em ti,
braços em volta do teu pescoço, eu sem pé,
tu com eles no chão bem fincados,
ondulando em ti, a água saltando à nossa volta
pelos nossos, sempre tão bem sincronizados, movimentos.
Gememos, gritámos, explodindo em prazer fundidos.
Com ternura vestiste-me as calcinhas, que boiavam,
para da piscina podermos sair.
Enrolaste-me a toalha à volta do corpo,
com urgência ao meu ouvido murmuraste
– anda depressa para o quarto.