31 de dezembro de 2007

Ma cheri...




A música chora baixinho para ti...


não chores agora mais!


Loulou est arrivé pour te faire rire


Vamos então findar este ano velho


E saudar o novo com umas belas gargalhadas femininas!


Viens...

Inconfessável





Inconfessável é a dor dos fins-de-semana

Inconfessável é a tristeza de ti estar longe

Inconfessável é assumir as lágrimas roladas

Inconfessável é querer-te desta maneira

E saber que é sem esperança

Inconfessável é o ciúme que espreita

À mais pequena rajada de vento

Inconfessável é a saudade que magoa

Que rasga a carne, que estoura o coração,

Que me não deixa em mais nada pensar

Inconfessável são as lágrimas derramadas

Quando outro me toca

30 de dezembro de 2007

Chegada...


A noite começou a cair sobre a paisagem envolta numa leve bruma... a carruagem bar estava confortávelmente quente e à média luz... com os olhos perdidos no nada, rolo o meu balão de Cognac entre os dedos... lá fora, as luzes das petites villes começavam a brilhar, aqui e além...


O barman reclinado sobre o balcão conversa com um homem, de quando em vez sinto que me olham, mas os nossos olhos não se cruzam, os meus andam perdidos a divagar... sinto um vulto ao meu lado, de pé... ergo os olhos e vejo um balão de Cognac fumegante, como eu gosto...


Posso tomar a liberdade de lhe oferecer uma bebida...?

Oui...


Pouso o meu copo já vazio e recebo o novo da sua mão macia... seguro-o com ambas as mãos, aquecendo-as nele, levo-o aos lábios, sinto aquele toque de veludo quente que me escorre na garganta e me aconchega a alma...


Merci...

Cortesia do gentleman que está ao balcão...


Olho para o bar, vejo uns olhos negros profundos que me observam e um sorriso delicioso... agradeço com um ligeiro aceno de cabeça e um sorriso e perco-me de novo nos meus pensamentos... acompanhada pelo Cognac fumegante e pela minha cigarrilha.


É hora de ir descansar um pouco, que a viagem ainda é longa... dirijo-me à porta da carruagem, vejo um vulto que a segura, aberta, dando-me passagem... Mademoiselle... Merci... os olhos cruzam-se... aquele olhar profundo e negro... estamos frente a frente, à distância de um toque, de um olhar, e aqueles olhos parecem acariciar-me, beijar-me com um desejo desmedido... solta a porta e ficamos assim, face a face, no corredor da carruagem, sem falar, sem fazer menção de nos mexermos sequer... apenas os olhos falam... até que as bocas se tocam, atraídas como ímanes, o beijo é suave, mas logo arde de paixão... as suas mãos percorrem-me o corpo, os cabelos, as minhas perdem-se nele... não consigo deixar de fitar aqueles olhos negros... perco-me neles e caímos no chão do corredor...


Amanheceu mas a neblina está cerrada... Lisbonne, Gare de L'Orient... caminho lentamente até à porta da carruagem, desço ao cais e vejo-te... dou uns passinhos rápidos e abraço-me a ti com um grande beijo...


Roxanne... que saudades!


Loulou... oiço ao longe chamar... viramo-nos para trás abraçadas... pendurado na escada da carruagem lá está ele, com os seus olhos negros e um sorriso de morrer, acenando e atirando um beijo no ar... retribuo... olhamos uma para a outra e damos uma risadinha tonta, muito nossa...


Ah Loulou, ma folle!

Oui... c'est moi!


29 de dezembro de 2007

Controle



Fred Cress


Vêm sempre na mesma carruagem.

Ele com ar dominador, de quem se sabe bom, sorriso convencido, mãos habilidosas.

Ela, ela desejosa, sempre de vestido ou saia, corpo perfeito, sorriso encantador.

E é sempre a mesma coisa, ele a ela encostado sem nada dizerem, sempre rodeados por gente que tal como eu nada vêem.

Eles de mãos vadias, habituadas a escorrerem por corpos, que escaldam quando lhe tocam, anestesiando-a.

Ela deixando-o fazer, lábios entreabertos, gozando o toque, afastando as pernas para se pôr mais a jeito, ou abrindo mais o decote para lhe facilitar o toque.

Ele não se cansa de com as mãos a correr, ela oferecendo-se sempre mais.

Ele roçando-se, pega-lhe nas mãos e põe-nas onde ela o pode afagar

E assim vão, todo o caminho que juntos fazem.

Até que se ouve: - próxima estação Algueirão

Então ele abraça-a, afasta-se e ela fica com ar de quem a vida ou a vontade tiraram

E já com as portas a fechar, vira-se ainda e com sorriso sardónico avisa

- Amanhã à mesma hora

24 de dezembro de 2007

Na Neve



Tâmara Lempicka



No topo da montanha olhámos um para o outro, ambos de óculos postos batons na mão, golas levantadas como que a desafiarmo-nos.
Só lhe vi os olhos castanhos doces, divertidos como a dizer-me que não seria capaz de descer aquela íngreme pista.

Espraiando o olhar, quase até ao infinito, era tudo de uma brancura imaculada, mais ao longe o Sol vestia-a de prata.

Desafiando-o virei-lhe as costas e comecei a descida, o vento a dar-me na cara, gelado, a felicidade transbordando, a uma velocidade vertiginosa.
Fui ultrapassada pelos olhos castanhos, que me sorriu. Imprimi maior velocidade, sempre atenta à curva que se adivinhava.
Quando acabei a descida já ali não estava.

Nessa noite tínhamos combinado que iríamos dançar.
Já a noite ia alta na pista quando me senti agarrada por uns braços que me diziam baixo, que tinha sido louca, descer aquela pista à velocidade que o tinha feito, era loucura.
Já a gargalhada tinha estalado, quando me virei para aqueles olhos tão doces e me deixei embalar pelos seus braços.

Ah a dança, que erótica pode ser!
Braços levantados rodeando-lhe o pescoço, abandonando-me às mãos que percorriam o meu corpo, encostando-me cada vez mais, quando a sua boca devorou a minha.

Num instante, dei por mim no seu carro a caminho do nada, pensei eu.
Mais uma vez me surpreendeu quando chegámos ao meu hotel, entrando no seu quarto.
Tirado o casaco a música continuou e tornámos a dançar como se não soubéssemos viver de outra maneira.

Ainda e sempre colada a ele, fui despida, por mãos sapientes e gemendo lhe fui tirando a roupa.
Não parava de me tocar e só queria que continuasse, por fim baixinho disse-me sussurrando ao ouvido que me queria ouvir pedir por mais

Resisti. Não queria pedir.
Ele teria que o fazer, por já não poder aguentar.
Fui chupada, mordida, lambida e sem mais poder, gritei que queria mais.
Por fim veio a felicidade final

23 de dezembro de 2007

Encontro



Escultura no parque temático "The Love Land" no norte da Ilha de Cheju, na Coreia do Sul


Marcado o quarto, por fim se encontraram.

Ele doido impaciente, dedilha todo o seu corpo por baixo da veste

Ela tímida sem razão, devagar a camisa lhe desaperta

Ele doido rápido, a vestido lhe despe

Ela mansa, devagar a calça lhe desaperta.

Voltam as mãos sequiosas ao seu corpo já nu

Fazendo-a gemer e gritar de prazer.

Ela lânguida deixa-o fazer

E empurrada, de joelhos se põe.

Puxando-lhe a cabeça para trás, só de calças baixadas

Põe-lho na boca para que o comece a lamber

E ela abrindo a boca recebe-o e começa a beijar

lamber, sorver, mordiscar

Ele em rápido vai e vem se deixa vencer

Ela engole o mel que lhe é derramado.

17 de dezembro de 2007

A Saia




Eider Astrain




Quis-me oferecer, a ti meu Amor, a ti,

que me tens dado a eternidade a cada passo,

a cada momento que contigo estou,

no profundo prazer da carne,

compondo ramalhetes de infinita ternura,

de infinitos momentos estrelados,

só possíveis pelo amor que por ti sinto.

Cheguei junto a ti, com a mais bela saia,

por onde poderias explorar-me,

com a mais sexy camisola que descaindo

o peito te oferecia.

Pela primeira vez vesti-me só pensando

no prazer que terias quando me tocasses.

Pela primeira vez vesti-me só para ti.

Tive a alegria de te ver estremecer,

de te ver impaciente, obcecado,

quando pondo a mão por baixo da saia

percebeste que nua estava.

Mais uma vez a entrega foi total,

mais uma vez foi em plenitude

e o amor fez-nos pairar pelo Universo

12 de dezembro de 2007

Almoço






Tínhamos combinado almoçar juntos nesse dia,

mas estávamos desejosos um do outro.

Fomos passear primeiro, para podermos as saudades matar.

Beijo que começou simplesmente, para continuar penetrante.

Mãos que iam e vinham palmilhando os corpos.

Durante o almoço, o desejo subiu,

quando por baixo da mesa o meu pé

te começou a afagar.Tentávamos falar como se nada fosse,

mas sempre que sentias o meu pé tocar-te, suspendias a respiração

e quase gemendo dizias do prazer, da conversa a meada perdida.

O vinho branco gelado, não ajudava

ao arrefecimento do nosso desejo.

Acabada a refeição, sem conseguirmos resistir, levaste-me a casa.

No elevador, desabotoaste-me a blusa,

e enquanto eu beijando te tirava a camisa,

a tua perna metia-se entre as minhas.

Entraste em casa comigo ao colo

e deitaste-me em cima da mesa.

Não te importaste com as botas pretas nem com as meias,

remexendo-me deixaste cair as calças,

que te tinha desabotoado e puxando

as cuequinhas para o lado, entraste por mim a dentro.

10 de dezembro de 2007

Te quiero dejar de olvidar



Elena & Vitaly Vasilieva



Lembro-me, já lá vai tanto tempo,

do que senti quando no banho estava,

e me vinhas espreitar.

Lembro-me, há tanto tempo,

do que senti olhando o jeito

como as mãos ensaboavas

enquanto ansiosa esperava o que se seguia.

Das tuas mãos que sempre

no meu pescoço começavam

e descendo pelas costas o arrepio que provocavam.

Lembro-me, faz tanto tempo,

enquanto a ti me encostava,

com ar casual de quem está só a lavar,

os meus braços ensaboavas,

deslizando rápidas pelo meu peito

de como o ventre me aprisionavam,

deixando-me sem respirar.

Lembro-me, como me lembro,

devagar, sem pressas, te curvares,

para nas pernas as tuas mãos deixares escorregar.

Lembro-me, como não lembrar,

quando ao meu ouvido,

já depois de me penetrares,

baixinho perguntavas, se estava a gostar.

6 de dezembro de 2007

A Praia



George Suturin






Cheguei à praia de águas azuis transparentes, onde não se via ninguém.

Como estávamos já em Setembro e o acesso era difícil,

decidi entrar na água nua e tive a sensação que alguém estava

a afagar meu corpo e que me lambia para me refrescar.

Água morna onde apetece ficar e só concentrada no meu corpo

e no prazer que estava a ter, não reparei nos dois belos homens

que na água entravam e que para mim se dirigiam, nus também eles.

Conversando, comigo começaram a brincar.

Enquanto um me enlaçava e beijava, o outro passeava suas mãos

pelo meu peito, apertava os meus mamilos enrijados pelo

frio da água e pelo desejo que me avassalava.

Passado um pouco estava nos braços do segundo enquanto

o primeiro me sugava.

Perdida, só queria que não parassem, enquanto um levou

as minhas mãos para sentir o seu enorme desejo, e ali mesmo

o afagava, o outro usava-me para tentar saciar o seu e o meu desejo.

Virando-me, empurraram-me com urgência para onde o mar

era apenas lagoa, e aí invertendo posições, continuaram a

saciar o meu desejo, que não acabava mais

3 de dezembro de 2007

Pelo retrovisor



Yuri Bonder






Ia olhando pelo retrovisor, e sempre ia vendo

o que se passava ali atrás.

Moído de cíumes e de desejo, por ela ser

tão linda, de pele branca, olhos azuis água

e o cabelo quase preto caído até ao pescoço,

tão alto, tão branco, sustendo aquela cabeça,

aquela cabeça que desejo, aquele corpo

que deleito e que geme em meus braços

Ele desejoso, ia beijando-a, as mãos...não as via,

mas via como se torcia aquele belo corpo.

finalmente, as mãos dele a tentar desapertar-lhe

a blusa, cheia de pequeninos botões.

Ele sem ser capaz, até que as mãos dela o vêm

ajudar, e desapertam elas os botões, abrem elas

a blusa, para o peito me mostrar, sorrindo

provocadora, sabendo como devo estar.

Quando ele lho tenta beijar, ela com jeito

empurra-lhe a cabeça para baixo,

mantendo-o ali enquanto vai gemendo

e agarrando-se ao meu pescoço,

diz-me, enquanto me lambe, baixinho ao ouvido:

depressa, que tenho pressa,

quero a tua boca no meu corpo.

1 de dezembro de 2007

A secretária




Elena Vitaly Vasilieva



Estava encostada à fotocopiadora, quando senti uma mão

na minha anca. Senti-lhe a respiração quente junto

ao pescoço, o arrepio imenso foi sentido pelo seu corpo

que ao meu estava encostado.

- Amanhã traz saia, e vem sem collants, disse

divertido e com voz rouca de desejo, enquanto

a sua mão subia até ao meu peito.

No dia seguinte lá estava ele quando entrei, reparando

na minha mini-saia, fez um sorriso rasgado.

Passado um pouco chamou-me ao seu gabinete,

mandando-me olhar para o que estava no écran do seu portátil.

Enquanto falava de trabalho a sua mão subiu devagar

pelas minhas pernas, parando no exacto sítio onde as

meias acabavam, remexendo-me entre as coxas,

subindo repentinamente, até me sentir escorrer.

Encostou-me à parede, abriu-me a blusa, retirando

com cuidado o peito para fora do soutien, lambeu,

beijou, chupou, sugou-o.

E entrou em mim.

Eu gemendo de tanto prazer, só pedia mais,

que não parasse nunca.