15 de junho de 2008

REENCONTROS





foto de Marília Campos



Separaram-se quando ela foi trabalhar para Madrid.
Ele não podia ir, e não aceitou a decisão dela.
Cinco anos sem se verem, porque quando vinha a Portugal, o que pouco acontecia, por não haver ninguém que a esperasse, nunca tinha tentado entrar em contacto com ele.
Mesmo com os amigos, amigos dos dois, não tinha sido necessário dizer-lhes que não estava interessada em o encontrar.
Mas estavam sempre os dois a par da vida de cada um, por os amigos terem pena de o ver separados e sempre contavam como estava cada um dels.
Souberam de tentativas de amores fracassados, de um lado e do outro. A vida profissional corria-lhes melhor, a um e a outro.
Mas ela estava de volta, a comissão de serviço como lhe chamava, tinha acabado.
Vivia em Azeitão e fora nesse dia à Arrábida.
Estava na água fria quando sentiu que alguém lhe agarrava nas pernas e a puxava para baixo.
Esbracejou assustada, mas lembrando-se que só poderia ser brincadeira de algum amigo acabou por se deixar arrastar
Foi debaixo de água que o viu, que se deixou abraçar e vieram á tona onde se beijaram matando saudades de cinco longos anos.
- foi o João que me disse que esta era agora a tua praia. Estou à tua espera à cinco dias.
- sabes como sempre gostei da Arrábida
Tendo-a ao colo e não deixando de beijar cada bocadinho da sua pele.
Ela tocando-lhe por todo o corpo e vieram até à borda de água sem se lembrarem de se perguntarem se estariam os dois livres para se poderem continuar a amar
- Estou cheia de fome. Vem até à minha casa que ainda não conheces
- Tens lá cama? com sorriso trocista
Gargalhando foi explicando que tinha pouca coisa ainda, que se acabava de mudar, mas que cama, fogão esquentador e um frigorífico bem recheado, havia
- Champagne, tens?
Rindo ainda,
- Claro, já esqueceste que onde estou tem de haver Champagne? Despacha-te, estou capaz de te comer....
Ainda na garagem encostou-a á parede não parando de a beijar e dizia-lhe baixinho o bom que é quando da praia vêm, com tão pouca roupa para despir, despertando-lhe a parte de cima do bikini beijando-lhe os mamilos, ela gemendo, mas afastando-o e puxando-o pela mão para cima da relva, rebolaram por ela, enquanto o despia beijando-o.
As mãos dele percorrendo-a toda, relembrando o corpo porque há tanto ansiava, tirando-lhe a parte de baixo, deixando-se escorregar para a poder beijar, lamber, ela com as mãos na sua cabeça, perdida num prazer que já não se lembrava de ter tão intenso.
Já escorrendo, pedia-lhe para a tomar toda, que tinha fome dele, que o queria dentro de si.
Ali, só o sol foi testemunha de gritos e sussurros, de carinhos e beijos, de saudades postas em dia, acabando em mergulho dentro da piscina, renovados, recompensados, para mais tarde tudo recomeçarem.

Muito mais tarde, ele acabou por abrir a garrafa de Champagne, conhecer os cantos à casa e de saber como era a cama

5 comentários:

D. Sebastião disse...

Nada como o contacto com a natureza, o ar livre, o Sol, para soltar os espiritos...

Anónimo disse...

Quando é assim... vale sempre a pena reencontrar alguém... lolol

Beijinho

claras disse...

Nada como se estar bem, o resto....são pormenores

beijinho Loulou e d. sebastião

Luís Maia disse...

De volta ao bom gosto

claras disse...

Ah!ah!ah!

só tu me fazias rir!