Ao meu lado apareceste retirando o lençol que me tapava,
nua me viste e esperei. Aninhaste-te no meu colo
e em noite de lua nova, o escuro dominava.
A luz não interessava, porque sei a tua geografia de cor,
o espaço que ocupas no meu corpo,
por cima, por trás e de lado.
Percorri o teu mapa, beijando, lambendo, chupando
e quando finalmente fui inundada acordei.
Esta noite contigo sonhei?
Mas o peso do teu corpo, que em mim ainda estava,
o que entre as coxas ainda sentia,
o mel que por mim escorria…
Virei-me de lado, e ainda ali estavas.
Viraste-me o corpo e devagar, devagarinho
por ali entraste, primeiro as mãos,
depois, violentamente, o corpo todo.
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